segunda-feira, 18 de maio de 2009

Como perder R$7,50 em duas horas

Pra começar, esta é somente a minha humilde opinião.

Durante uma sexta-feira muito tranquila no trabalho, li uma matéria no jornal Folha de S.Paulo sobre a estreia da semana nos cinemas,
Anjos e Demônios. Somado ao fato de ter visto o trailer há alguns dias e ter gostado da fotografia do filme, lá fui eu fazer o download do livro pra matar o tempo.

Deu certo. Adorei o livro e as 50 primeiras páginas foram devoradas ainda no ambiente de trabalho (Deus ajude que meu chefe jamais descubra esse blog!). O livro é bom, muito bom. Prende o leitor do início ao fim e fala de arte, o que me deixou mais ligada ainda à obra.

Meu fim de semana deu errado. Ou deu certo, não sei dizer. Enfim, o que sobrou do meu sábado foi consumido pela leitura do livro de Dan Brown e eu simplesmente não consegui sair da frente do computador, exatamente como uma nerd (risos?). No domingo, acordei já ligando o PC para terminar essa jornada antes de correr pro cinema. E ainda bem que eu fiz isso.

A sensação ao sair da sala de cinema é que você foi feito de idiota. É claro que a linguagem literária é diferente da linguagem do cinema, mas cortar personagens e detalhes essenciais muda os rumos da história. E te deixa perdido, com cara de "que porcaria está acontecendo aqui"? Fora que até eu sou mais forte e malvada do que o assassino. Se eu o encontrasse na rua, ia dar risada.

Eu simplesmente fico me perguntando qual é o problema desse pessoal de Hollywood em adaptar livros pras telonas. Custa fazer direito? Custa, mas dinheiro não é o problema. “Anjos e Demônios” é falho, tão falho que te deixa perdido. Tem mais ação do que o anterior (na verdade, posterior, ai que confusão!) “Código da Vinci”, mas mesmo assim ainda enrola pra caramba e, mesmo que você não tenha lido antes o livro, já sabe qual é o final. Cadê o mistério? Saco! Fiquei revoltada.

A única coisa boa do filme foi ver a boa atuação do Ewan McGregor, provando mais e mais talento. Mas isso eu já tinha descoberto em Moulin Rouge. E Tom Hanks...enfim, acabaram as coisas boas...



Claro que eu não vou contar o final broxante do filme, mas não entendi porque a Igreja ficou tão inflamada já que o principal ponto do livro não foi mostrado. Ah, que vontade de contar...

Chega, vai lá e confere, vai. E dá a sua opinião aí.