segunda-feira, 20 de abril de 2009

Quem tem amor na vida, tem sorte....


Eu me lembro exatamente do dia em que eu me descobri tricolor...

Era 1990 e sei lá quando, mas a pressão em casa era grande. Minha irmã e minha mãe são corinthianas, meu pai palmeirense doente, mancha verde até o último fio de cabelo.


Certo dia, um primo do meu pai foi em casa para assistir um jogo com ele. O Marcelo usava uma camiseta tão linda, com três cores vívidas: vermelho, branco e preto. Eu me encantei. Fiquei o tempo todo perto deles, vibrando com o jogo na TV, sem me importar com a derrota que naquele dia sofremos...



Quando ele foi embora, cheguei pra minha mãe e disse "eu sou São Paulo, mãe! Eu quero ser são paulina!" E ela não levou fé, achou que eu fosse virar a casaca conforme o tempo passasse...


O Marcelo morreu em 1998 durante um assalto, mas alguns meses antes tinha prometido me levar ao estádio pra gente ver o "nosso tricolor", como ele dizia. Isso nunca aconteceu...


Hoje, cada vez que eu vou ao Morumbi eu sinto uma emoção diferente. Ontem, ver aquela multidão cantando, vibrando e incentivando o time foi um dos melhores momentos que eu já vivi. O time não correspondeu, é verdade. Mas o São Paulo já me deu tantas alegrias que o mínimo que eu podia fazer era pular e cantar independentemente de ser eliminado por qualquer um.


Quem tem amor na vida, tem sorte. E eu sou tricolor, de coração e alma. Porque ter um time é muito diferente de ser torcedor...E poucos realmente sabem o que eu digo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

E você, quem é?

Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra. Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda. Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia. Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém.
Matha Medeiros
Ressalto: Talvez sejamos o que nós mesmos não conseguimos enxergar ainda...e qual é o sentido da vida depois que descobrimos isso? Sei lá, esses dias frios de outono...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A importância de viver tudo o que há para viver (na hora certa)

Sabe, eu já fui aborrecente, já bebi até não aguentar mais, já passei dias fora de casa, já briguei com o meu pai feio por causa de saídas noturnas, já menti pra minha mãe, já briguei com namorado na frente dos outros, já senti ciúmes e fiz ceninha, mas sempre ouvi que isso tudo era coisa da idade...e eu achava isso um puta barato!

Tomei bronca, ô se tomei! E deu certo. Não que eu não faça mais essas coisas. As vezes rola um surto de bobeira e alguns deslizes ocorrem, mas eu não me vanglorio mais. Não acho legal, fico com vergonha até de quem eu não conheço e está perto de mim numa situação dessas. Cresci, passou. Entendo que é coisa da idade, mas seria uma pessoa aos 20 anos capaz de ser assim ainda?

Esse tipo de ser humano ridículo eu não consigo deixar passar. Sabe aquele cara que critica tudo o que você faz, te dá uma puta bronca porque diz que você está tendo atitudes imaturas, mas no final faz tudo do mesmo jeito (ou ainda pior) do que você? Esse tipo eu não aguento.
Só que, seguindo ainda a filosofia do "sei que erra também quem revida", eu vou mostrar que aprendi bem a lição do desprezo e deixar pra lá(ensinada por quem hoje toma as mesmas atitudes que eu tinha aos 12 anos).

saiu. bom fim de semana pra comer chocolates, não? nem revisei essa merda, se tiver erro....paciência!

terça-feira, 7 de abril de 2009

A praga do cyberbullying


Você já ouviu falar em cyberbullying? Bem, eu já tinha ouvido falar nesse mal do século 21, mas nunca havia conhecido ninguém que sofreu com esse problema até ontem, quando eu fui a vítima.

O cyberbullying é o ato de agredir, humilhar, difamar e denegrir pessoas virtualmente, pela internet. Inimigo sem rosto, como os jornais e revistas estão chamando. E é um dos problemas que mais crescem no mundo de crimes eletrônicos exatamente pela possibilidade do agressor se esconder por meio do anonimato. Spams, e-mails ofensivos, fotomontagens e perfis falsos em redes sociais são exemplos claros de cyberbullyings.

Seria hipócrita se dissesse que não me preocupo com o que as pessoas falam de mim, mas procuro relevar e deixar quieto porque sei que, quanto mais você mexe com esse tipo de pessoa desequilibrada, mais ela acha que está "abafando". Além do mais, está na Constituição Federal um artigo que garante a liberdade de pensamento das pessoas, mas a partir do momento em que as coisas tomam uma proporção maior é preciso frear. E foi o que eu fiz.

Esse crime, como todos os outros que acabam sendo "deixados pra lá" como o assédio moral e sexual, precisam ser denunciados de forma séria e efetiva. Avise a empresa detentora das redes sociais, o Google já efetua varreduras no Orkut procurando por esse tipo de problema e, se você relatar ao administrador do site, o perfil falso ou a agressão pode ser retirada do ar em poucas horas. Repito que o anonimato é uma grande ajuda pra esse tipo de marginal, mas os esforços da Delegacia de Crimes Eletrônicos de São Paulo são notáveis e já tem gente pagando (e caro!) por esse crime.

Segundo uma reportagem desse mês do Fantástico, em Minas Gerais, o estudante Lucas Campos criou um perfil falso e ofensivo em um site de relacionamentos só porque não gostava do colega Daniel Garcia Neto. Ele foi processado e condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas a pagar R$ 3.500,00 de indenização por danos morais por crime de difamação.

Viu só? A coisa é séria. Não existem leis específicas para crimes pela internet no Brasil e isso é uma tremenda polêmica que envolve privacidade na web. Mas é importante que você divulgue, entenda e denuncie esse tipo de crime.